terça-feira, 25 de setembro de 2007

PLANO 26 de Setembro

Se você que está lendo este blog não é a minha orientadora do estágio, a Adriana, mas sim alguém buscando informação de como fazer um projeto envolvendo informática + blog + inglês, permita-me lhe contar sobre mais um problema:

OS ALUNOS TÊM VELOCIDADES DIFERENTES!

Isto quer dizer que no dia 26 de Setembro terei de tentar colocar a todos em dia com as textos a serem blogados.

ATIVIDADES PREVISTAS:
F
ormar grupos (3 ou quatro) de alunos que já tenham concluído as mesmas etapas do projeto:

Grupo 1: alunos que ainda não postaram ou não escreveram a primeira postagem: I am...

Grupo 2 : alunos que ainda não postaram ou não escreveram a segunda postagem: My life...

Grupo 3: alunos que ainda não postaram ou nao escreveram a terceira postagem: I like...

e fazê-los ajudarem-se a escrever cada um dos textos
Ainda haverá o:
Grupo 4: Alunos que não fizeram as provas e não tem nota...

RELATO

Correu tudo bem.
Mas é interessante observá-los e perceber como não estamos preparados para trabalhar em equipe!!
A instrução era bem clara. Juntem-se a ajudem-se . Para alguns isso ainda significa: "deixa eu copiar o que você fez!!" Teve gente até tentando ajudar o grupo q estava fazendo a prova atrasada!!
Mas estes são só alguns. Percebi que a maioria tentou realmente. Até porque, quando eu ler os textos vai ficar claro se ouve cópia ou não!! Aliás, já que estamos na Internet, qualquer pessoa pode fazer isso!! Acho que vou pedir para alguns amigos que têm blogs visitarem os blogs dos meus alunos caetanos !
Próxima aula: postagens!!

Pyta

ESTOU LENDO


HARRY POTTER AND THE DEATHLY HALLOWS
Comecei em julho, parei durante as provas e trabalhos finais e o UNICO exame do semestre que terminou em agosto. Continuei com ele parado durante o Simpósio ( e disse que só voltaria a lê-lo nas ferias de verão) que estava certamente muito inspirador, afinal, ver e ouvir Swales, Heberle e Bazerman não é sempre, né? (putz, vou ser criticado pelo né)
Mas voltando ao livro, JK Rowling é barbara! embora eu tenha lido 5 capítulos e parado por mais de mês, voltar e ser mais uma vez abraçado pela história é uma prova que não se trata de literatura de má qualidade. Muito pelo contrário!
Perdoe-me a acadêmia, não estou com vontade de ler nada acadêmico nestes dias...


O OPOSITOR
Foi um presente de aniversário, dado pelo alemão Igor. Achei que fosse um livro de crônicas ou contos (é do LF Veríssimo) e pensei que, como diria Allan Poe, leria cada conto numa sentada! engano, é uma novela! Assim, tenho lido em sentadas. No cursinho antes de uma aula, numa fila, etc...
O livro é otimo! recomendo e já prometi emprestá-lo pra Daiane assim q terminá-lo!

Conhece o Mário?
Também presente do alemão Igor, é um daqueles livros que o título é auto-explicativo. Já disse que nao estava com vontade de ler nada teórico. O Santiago fez uma bela pesquisa de ótimas pegadinhas do tipo "conhece o mario?" que se escuta todos os dias!!!


Pyta








quarta-feira, 19 de setembro de 2007

os blogs até agora

Estes são alguns blogs ate hoje 19/09! Claro que dependendo de quando você acessar, eles devem estar bem diferentes do estágio em que estão hoje.
Alguns alunos ainda não enviaram o link para o meu mail. Espero que na semana que vem já os tenha todos catalogados!!

http://www.lucasgunsnroses.blogspot.com
http://eujogofutsal.blogspot.com/ (acho q o aluno perdeu a senha)
http://lucasadriel.blogspot.com/
http://tetizinha.blogspot.com/
http://adrianfreias.blogspot.com/
http://therasmusbrazil.blogspot.com/
http://delyblog.blogspot.com/
http://betoespindula.blogspot.com/
http://grazyzynha90.blogspot.com/

pyta

PLANO 11 de Setembro

Dia 11 de setembro de 2007

Atividades previstas

Usar o laboratório para publicar os textos que os alunos produziram depois dos modelos da aula passada. Assim como postar textos atrasados.

Relato

Sei que alguns ainda estão atrasados com seus blogs por algumas razões. Uma delas é a velocidade dos computadores somada ao fato de que eles têm de compartilhar as máquinas com outros alunos. É certo que isto tem um ponto positivo, pois teoricamente faz com que eles ajudem-se. Outra razão é o fato de eu, por ter apenas um período por semana, deixar para que eles escrevam no caderno, como tema de casa, a postagem para a aula seguinte o que torna o processo mais lento para os que não fazem o tema de casa. Creio que quando eles perceberem o desenvolvimento dos que fazem o tema, e consequentemente tem seus blogs mais desenvolvidos, eles também vão se esforçar para por o tema em dia.

Risco

Preciso com urgência fazer uma “mostra de blogs” antes que seja tarde de mais, pois conto com isso para que os “retardatários” pisem no acelerador e alcancem os outros.

Como fazer

Na próxima aula, vou usar o data show e pedir pra que cada aluno mostre o que já fez.

Problema

O data show está sempre sendo usado para a reunião de professores que acontece o mesmo horário.

Solução

Como não posso exigir que o professor Valnez me dê o laboratório e o projetor, afinal ele já faz um esforço enorme em atender a minha necessidade pelo laboratório e dos professores pelo projetor, vou falar com o professor responsável pela reunião para que me permita usar o projetor uma vez. Duvido que ele não possa fazer uma reunião sem data-show.

Continuação do relato

Como previsto, alguns fizeram o tema e outros não. Dei prioridade nos computadores aos que tinham o que postar (quaisquer que fossem as postagens) e pedi ao que ainda não tinham escrito nada no papel para que o fizessem.

9/11 ainda um dia triste para a humanidade...

PEACE.
Pyta

PLANO 05 de Setembro


Atividades previstas

Meu próximo passo é mostrar aos alunos como falar do que eles gostam, seja música, filmes, esportes. Vou pegar exemplos de textos em outros blogs.

Também usarei o quadro para falar das coisas que eu gosto e encorajar os alunos para falar das coisas que eles gostam.

visitaremos o site: http://www.teacherswithoutborders.org/oneface/Reedley.html

Se não for possível usar o laboratório, vou imprimir cópias para os alunos.

Relato

Como nao foi possível usar o laboratório, imprimi o material e foi bem legal! Acho que terei bons resultados!!!


pyta

ESTOU LENDO


ESTOU LENDO:


PROFESSOR DO FUTURO E RECONSTRUCAO DO CONHECIMENTO

PEDRO DEMO



A partir da leitura do livro, pude entender alguns princípios que estão presentes no projeto de blogs nas aulas de inglês da 8ª serie no Instituto Padre Caetano.

A idéia inicial era ligar o ensino de inglês com a aquisição de ferramentas de conhecimento úteis para o uso de computadores e da internet. Confesso que no começo ainda não tinha muito claro o que aconteceria e nem como fazê-lo, ainda não tenho estas respostas solidificadas em minha mente, mas tenho mais clareza do processo.

Entendi que além dos meus outros objetivos, há um terceiro ainda mais importante: autonomia! Claro que escrever em uma segunda língua é importante, considerando que são alunos de periferia, que tiveram apenas uma aula de inglês por semana nas séries anteriores, durante apenas um semestre por ano e na maioria do tempo com ênfase, provavelmente, no ensino de gramática. Da mesma forma, faz-se importante aparelhar estes estudantes com noções, mesmo que básicas, sobre operação de computadores e navegação na rede mundial, o que lhes abre um novo espaço pelo qual transitar e buscar novos conhecimentos. Entretanto, ao montarem seus blogs foi necessário orienta-los para:

ü Abrir contas de e-mails (já que a maioria não os tinha).

ü Abrir contas em um provedor de blog.

ü Publicar a primeira postagem.

ü Enviar o link para o meu e-mail

Percebi que havia mais do que linguagem e informática, havia a clara possiblidade de ensinar autonomia, uma vez que cada aluno deve:

ü Decidir o tema do blog (cores, imagens, plano de fundo,...)

ü Decidir sobre o que escrever.

ü Como buscar imagens.

ü Como fazer as novas postagens.

ü Repetir os passos sem ajuda do professor.

ü Aprender que as respostas não estão com o professor, mas na tela. Basta ler e clicar.

ü Entre outras que ainda terei de descobrir, espero.

Ainda lembro do meu primeiro dia no laboratório com a 8ª serie. Ninguém sabia o que fazer frente aquelas máquinas, então a solução para eles era chamar-me para o menor problema. Como eu corri naquele dia! Lembro de ter dito pra uma das alunas que NÃO iria atendê-la mais. Hoje, embora haja chamados, eles não são tão freqüentes. As crianças estão mais independentes (do que antes), embora ainda tenhamos desafios pela frente.

Mas voltando ao texto do Pedro Demo. O autor, no capítulo “Cuidar da Aprendizagem” diz que professor não é quem só dá aula, pois isto é apenas reprodução de conhecimento. Demo ensina que “saber cuidar” significa dedicação envolvente e contagiante na rota para a construção da autonomia. Demo diz também que educar é um processo de dentro para fora e que o professor deve instigar a emancipação dos alunos. Ao contrário do que possa parecer, este processo de emancipar o aluno não torna o professor descartável, ele é figura decisiva, embora não central, pois esta posição, nas palavras de Pedro Demo, é do aluno.

Conclusão, dar aula não é cuidar da aprendizagem, mas repassar conhecimento. Ora, será que o que queremos é que nossos alunos fiquem atrelados a nós o tempo todo perguntado o que fazer? Duvido!

De volta ao blog. Este capitulo mostra-me por onde seguir. Preciso deixa-los mais independentes da minha ajuda / interferência. Mas como faze-lo? Talvez na próxima ida ao laboratório eu ajude menos deixe que eles encontrem as respostas. Quem sabe uma solução mais Vigostskyana, sugerir que os colegas ajudem-se mutuamente e ver se isso da resultado?!

Ptolomeu Palma

PLANOS DE AULA ANTIGOS

Não quero fazer uma postagem para cada plano. Não to com vontade!!
hehehehe!!!

  1. Planos de aula

Dia 07/03/2007

Atividades previstas:

Conhecer os alunos, suas experiências em língua inglesa e seu conhecimento do uso de informática. Assim como “vender” meu projeto de blogs.

Relato:

Tenho 15 alunos. A escola dividiu a turma em duas com 15 vagas para inglês e 15 para espanhol. Num primeiro momento os alunos escolheram uma das línguas estrangeiras mas quando as 15 vagas de uma das línguas se esgotasse, os alunos deveriam obrigatoriamente escolher a outra. Desta forma imagino que eu tenha alguns que não tiveram no inglês sua primeira opção.

São em todos adolescentes cheios de energia e disposição, sinto que o desafio será canalizar toda esta energia. Tive uma conversa bem tranqüila com a turma, estava preparado para uma turma indisciplinada, mas talvez por ser o primeiro contato não tive maiores problemas.

A idéia pareceu atraí-los. Eu já esperava que sim. Tenho duas coisas ao meu favor, a idade deles e sua atração pela informática assim como a curiosidade nata que os adolescentes tem.

Dia 14/03/2007

Atividades previstas:

Levarei os alunos ao laboratório de informática e lá verei suas habilidades no uso da máquina, também mostrarei meu blog pessoal (www.pyta.blogspot.com), assim como outros blogs e sites em inglês.

Relato:

Decepcionante. Manter a ordem hoje não foi tão fácil, mas a presença do professor Valnez foi de grande ajuda para acalmar os alunos e para que eu pudesse iniciar as atividades previstas. Aprendi também que estes alunos, ao contrario do que eu havia pensado, não possuem, em sua maioria, noção alguma de uso do computador . Da mesma forma, são muito dependentes e chamam o professor diante do menor problema.

Preciso torna-los mais autônomos e ensinar-lhes a usar os computadores antes de pensar em ensinar inglês ou a fazer blogs.

Dia 21/03/2007

Como havia sido combinado, não posso usar o laboratório todos os dias, desta forma usarei a sala de aula.

Atividades previstas:

Já que um blog é um diário pessoal, nada mais propicio do que ensinar meus alunos a falar de si mesmos. Para tal criei um material (Anexo 1) que construirei de acordo com a evolução dos alunos em língua inglesa e das necessidades deles em escrever seus textos.

Relato:

Ainda um pouco indóceis, mas já consigo fazê-los acalmarem se e começo a ter o respeito e a atenção da turma embora no começo da aula, devido ao movimento de saída dos alunos de espanhol, haja sempre um pequeno alvoroço.

A atividade foi bem recebida, mas alguns alunos demonstraram um pouco de resistência. A frase que me marcou “eu não sei fala ingreis”, dita por uma menina. Ainda não sei seus nomes. Percebi no entanto, que alguns alunos se mostram mais proficientes que outros, já era de se esperar que houvesse algum desnível.

Paginas 1 e 2 do Anexo 1 foram trabalhadas.

Dia 28/03/2007

Devido a falta de salas de aula a direção da escola decidiu que, durante as aulas de língua estrangeira, as duas oitavas (81 e 82) serão unidas. Sendo assim agora tenho 30 alunos e dois problemas, como acomodá-los no laboratório de informática e como re-começar o trabalho.

Atividades previstas:

Conhecer a “nova turma” explicar novamente o projeto e ganhar a adesão dos novos alunos. Não deixar os outros alunos entediados com a repetição da conversa de 3 semanas atrás.

Relato:

Os novos alunos também gostaram da idéia, mas acho que os “antigos” não estão muito confortáveis com a presença da outra turma.

Dia 04/04/2007

Reunião de professores. Não houve aula de inglês.

Dia 11/04/2007

Reunião de professores. Não houve aula de inglês.

Dia 18/04/2007

Atividades previstas:

Visita ao laboratório de informática para que os novos alunos também “reconheçam o terreno” e para que eu possa avaliar seu conhecimento de informática e inglês.

Relato:

Não houve mudança no diagnóstico. A realidade das duas turmas é igualmente trágica quanto ao conhecimento de inglês e das ferramentas do computador.

Dia 25/04/2007

Atividades previstas:

Aplicação do material usado no dia 21/03/2007.

Relato:

Desta vez com todos os alunos. Para os que já haviam feito àquela aula, a idéia foi “revisar”. Apesar dos “nós já vimos isto”, correu tudo bem.

Dia 02/05/2007

Falecimento do professor José. Aulas canceladas.

Tive pouco contado com o professor José. Nos falávamos nas reuniões de quarta, mas nada de mais. Tivemos uma discussão sobre educação na qual pude comprovar o engajamento daquele homem de barba branca com o ensino e a visão Freireana de ensino. Sua morte comoveu-me e o fato de sempre encontrá-lo na troca de períodos da oitava serie lembrou-me como é preciso dar valor as relações humanas.

Dia 09/05/2007

Missa de sétimo dia. Não há clima para aula em toda a escola. Aulas canceladas.

16/05/2007

Atividades previstas:

Uso do laboratório de informática para aula de noções básicas sobre o computador, internet e afins.

Relato:

Alunos fora de controle! Parece que hoje meus alunos estavam especialmente “elétricos”. Talvez seja o tempo. Precisei de uns 10 minutos para acalmá-los. Parece que estávamos passando por uma crise de autoridade. Penso que eles me viam como um amigo um pouco mais velho e não como um professor. Foi preciso falar sério e mostrar que apesar de mantermos um clima de amizade e descontração em aula, minha autoridade como professor precisava ser respeitada. Nunca acreditei muito em professores que se impõe pelo medo ou pela força da nota. Mas percebi que pessoas tão jovens e cheias de energia e com tão pouca experiência de vida facilmente confundiriam descontração com desorganização.

Como em qualquer relação com adolescentes, eu estava sendo testado. Era o momento de assumir o controle da turma e mostrar que eu não era só mais um estagiário e sim o professor responsável pela turma. Tivemos uma longa e seria conversa, que foi interrompida pelo professor Valnez que foi até a sala para saber por que a turma que tinha hora marcada não havia aparecido. A única coisa que me ocorreu naquele momento foi dizer-lhe que a turma tinha desistido de usar o laboratório. A mensagem foi claramente entendida pelo professor e, para minha surpresa, pelos alunos. Estes entenderam que não usaríamos mais o laboratório.

Durante a conversa, contei a eles minhas origens de periferia na minha cidade, falei sobre as dificuldades que os negros têm na luta pela inserção na sociedade, no trabalho e na universidade e mostrei a eles algo achava que eles já tinham entendido, que o projeto de inglês para construção de blogs era uma chance de dotá-los de um conhecimento que poderia fazer diferença, por exemplo, na hora de procurar emprego.

Já tendo consciência de que minha mensagem havia sido bem entendida, terminei a aula com uma boa aula de gramática, com o quadro cheio de regras, com os cadernos cheios de frases e esquemas sobre tempos verbais que eles já haviam estudado no ano anterior, mas, por não serem conhecimentos significativos, já haviam sido esquecidos. Era um sinal bem claro para todos de que as aulas poderiam ser como sempre foram ou poderiam ser diferentes. A escolha era deles.

Está claro para mim que os estudantes gostam e precisam de autoridade. Não aquela toda poderosa e opressora da velha escola. Outro sim, uma autoridade que exige em retorno o mesmo respeito que dá aos alunos e que mostra onde estão os limites que cada uma das partes deve ter sempre em mente.

Não foi uma manhã perdida.

Dia 23/05/2006

Atividades previstas:

Depois de uma semana para pensar, para mim e para os alunos, resolvi ir sem nada preparado. Deixaria que as coisas acontecessem. Talvez a idéia de usar os computadores e a Internet não fosse assim tão boa e o que os alunos quisessem mesmo é um ensino de língua inglesa mais tradicional como sempre fora. Fui preparado para conversar e discutir uma mudança nos rumos.

Relato:

Depois da tempestade...

Parece que nada houve. Estavam tranqüilos como nunca havia os visto. Fiz a chamada. Ainda sério para não deixar que a bagunça da semana anterior se repetisse. E fiz a pergunta:

“Então, como ficamos? Vocês ainda estão a fim de continuar o projeto com os blogs ou vamos mudar o rumo?

Responderam que queriam tentar novamente e que não era para eu ficar zangado com eles. Parece que todos nós resolvemos esquecer o acontecido, pôr uma pedra sobre tudo e continuar. Era uma manha fria, mas com sol. E eu tinha 40 minutos e nada programado. Solução, vamos ao estacionamento brincar!

Há muitos anos eu havia trabalhado em uma escola de inglês que trabalhava exclusivamente com crianças e na época eu havia aprendido uma serei de brincadeiras entre elas Mr. Crocodile . Este jogo trabalha com verbos modais, cores, oralidade e trabalho em equipe. Coloquei os alunos de um lado do estacionamento e expliquei para eles que agora eles precisavam passar por um rio, porém, ali no rio morava um crocodilo feroz e faminto (eu) que devoraria a todos que passassem sem pedir permissão. Então, todos os que desejassem cruzar o rio sem serem devorados pelo réptil, precisariam pedir:

- Mr. Crocodile, may we cross the river?

Ao que o crocodile responderia:

- Yes, but only if you are wearing (o nome de uma cor)

Ou seja, poderiam passar sem ser perturbados todos os que tivessem em suas roupas a cor escolhida naquele instante. Os outros precisariam esperar que os portadores da cor selecionada passassem e ficassem em segurança na outra “margem” e tentar a sorte passando correndo, sabendo que um ou dois seriam pegos. Aqueles que fossem pegos virariam crocodilos e ajudariam na próxima rodada e assim sucessivamente até que três sobrassem sem ser pegos.

Fiz uma revisão das cores, ensaiei as falas e expliquei o que significava cada uma. Disse a eles que era necessário que todos falassem ao mesmo tempo e comecei a brincadeira. Foi muito divertido! E sem nenhum acidente! Após algumas rodadas estavam todos rindo e participando em inglês do jogo. Decidi então que era a hora de deixar que os alunos assumissem o papel de crocodilo e escolher as cores. Primeiro um, depois dois depois quatro eles (os crocodilos) iam se organizando e escolhendo as cores que menos presentes nas roupas dos colegas e, em equipe, capturando cada vez mais colegas.

Tive a nítida sensação de que se não tivesse escolhido os blogs, eu poderia ter escolhido ensinar habilidades comunicativas que daria certo.

Dia 30/05/2007

Um trimestre estava acabando e eu não tinha conseguido fazer nenhuma avaliação com os alunos. Falei com a professora Luciana e ela entendeu que as reuniões de quartas – feiras e os cancelamentos haviam comprometido o meu trimestre assim como o projeto. Para isso eu ganharia algumas semanas extras para avaliá-los. Mas como avaliá-los se nem consegui ensinar a usar o computador?

Como eu tinha sido informado que não poderia usar o laboratório pelas próximas semanas, o plano era usar o material que eu tinha produzido, trabalhar a questão verbal e quando pudesse usar novamente o laboratório, só precisaria ensinar como fazer os blogs e deixar que eles transferissem para o computador os que produzíssemos em papel. Fiz novas cópias das páginas 1 e 2.

Atividades previstas:

Revisão das páginas 1 e 2, praticar os greetings, introducing e useful words oralmente. Fazer a leitura do texto, partindo do exercício de verdadeiro ou falso usando a técnicas de scanning e reading for specific information .

Distribuição das autorizações para os pais permitindo que seus filhos publicassem blogs. (Anexo 3)

Relato:

Sem maiores problemas, ainda acho que poderia ensinar-lhes de forma mais comunicativa.

Avaliação em duas semanas.

Dia 06/07/2007

Atividades previstas:

Usar a atividade da página 3 (anexo 1) para comparar com as informações no texto da página 2 (anexo 1). Depois disso, escrever um texto sobre as atividades da menina no desenho substituindo as imagens por palavras. Sempre tendo em mente as regras de terceira pessoa na conjugação dos verbos no presente simples.

Relato:

Não sei se é a proximidade da prova ou algo do tipo, mas os alunos se mostraram muito participativos embora alguns ainda sejam bastante dependentes e não acreditam que conseguem realizar as tarefas sozinhos. Parece – me que é simplesmente falta de confiança.

Dia 13/06/2007

Atividades previstas:

Prova.

Relato:

Entreguei a cada um uma cópia da página 3 (anexo 1) e pedi para que repetissem a atividade da semana passada. Trocassem as imagens por palavras. E no verso escrevessem no verso passo a passo as atividades da menina lembrando-se da conjugação correta dos verbos.

Dia 20/06/2007

Atividades previstas:

Trabalhar freqüência, oralidade e preparar para a segunda avaliação. Distribuição da cartela de freqüência (anexo 2)

Relato:

Em pares os alunos deveriam perguntar “how often do you” e acrescentar as informações pedidas aos colegas que responderiam com a o advérbio de freqüência que melhor representasse a verdade.

Fiz alguns exemplos com alguns alunos e pedi para que formassem duplas e fizessem as perguntas, tomando nota das respostas na grade para que me relatassem mais tarde.

Na próxima semana, prova.

Dia 27/06/2007

Atividades previstas:

Prova.

Relato:

Fiz 3 pequenos textos falando sobre com que freqüência eu desempenhava algumas atividades. No verso dos textos a cartela de freqüência (anexo 2) em branco para que escrevessem a atividade e marcassem um “X” na freqüência. Total 5 pontos. Os outros 5 pontos seriam dados por uma entrevista (habilidade oral) usando a cartela de freqüência, com cinco perguntas sobre as atividades do texto.

Agora tenho certeza. Eles podem aprender a falar inglês. Os resultados foram excelentes, no entanto, não foi possível acabar no mesmo dia. A maioria dos alunos vai fazer a prova oral na próxima semana.

Dia 03/07/2007

Atividades previstas:

Prova oral (continuação)

Relato:

Os resultados continuam sendo muito bons, acho que eles tiveram mais tempo para se preparar. Ainda não foi possível terminar. A formatação da prova oral foi um erro. Vai me custar muito tempo.

Dia 11/07/2007

Atividades previstas:

Prova oral (continuação)

Relato:

Resultados ainda muito bons. Mas foi mesmo um erro. Deveria saber que alguns alunos precisariam de muito tempo para responder as perguntas.

Dia 18/07/2007

Atividades previstas:

Laboratório de informática. Navegação na Internet e abertura de contas de e-mail.

Relato:

A volta ao laboratório foi mesmo um alívio. Parece que agora o projeto anda.

Dificuldades com a conexão lenta, mas correu tudo bem. Aos poucos eles vão ficando mais íntimos com o PC.

Dia 01/08/2007

Volta das férias com promessa, por parte da direção que eu poderei usar o laboratórios com mais freqüência.

Atividades previstas:

Abrir as contas de e-mail para os que não possuem e abrir os blogs de quem já tem e-mail.

Relato:

A grande dificuldade é a velocidade da conexão embora o número de alunos também dificulte as coisas, mas com paciência tudo se resolveu. E agora quase todos já tem mails e jah tem seus blogs iniciados.

Dia 08/08/2007

Atividades previstas:

Aula de áudio. Fiz cópias de um material a disposição no site http://www.britishcouncil.org.br/etp/unit1a.html e adaptei, conforme o anexo 4, para fazer em aula. Com o apoio de um cd-player os alunos devem ouvir o texto e completar as informações. Como atividade de casa eles deveriam escrever um pequeno texto sobre si mesmos baseados no modelo. Na quinta-feira, 09/08/2007

Relato:

Atividade desenvolvida com sucesso. Só espero que façam o tema, ele será o primeiro texto a ser postado nos blogs.

Dia 09/08/2007

De agora em diante, estarei na escola às quintas-feiras à tarde para ajudar aqueles que não conseguirem realizar as tarefas no horário de aula.

Atividades previstas:

Ajudar os alunos com mais dificuldades em informática. E receber os textos do tema de casa.

Relato:

Após jogar basquete com os alunos, a convite do professor de educação física, passei uma hora muito agradável no laboratório vendo alguns alunos se sentirem mais independentes e resolvendo os problemas com seus mails e blogs. Eles entenderam que basta ler e seguir as instruções.

15/08/2007

Atividades previstas:

Devolver os textos do tema, com os erros sublinhados. Organizar os que escreveram os textos num grupo e os que não em outro. Os que já tinham escrito devem trocar os textos entre si e ajudarem-se mutuamente na correção dos textos. Aqueles que terminarem têm permissão para ir ao laboratório e fazer a primeira postagem.

Aqueles que não haviam feito o tema, têm uma chance em aula para fazê-lo. Em grupo, mas como o texto contém informações pessoais, como nome, local de nascimento etc... os alunos devem ficar atentos para não “colar” o texto inteiro de algum colega mais atento.

Relato:

Saí da sala dizendo que os esperaria no laboratório. Infelizmente eles não entenderam o espírito cooperativo da atividade e um a um apareciam com os textos no laboratório, mas, um a um, voltavam para a sala de aula pois só poderia usar o computador quem tivesse o texto todo corrigido. Levou quase todo o período. E no final quando os textos já estavam corrigidos, tivemos uma queda de luz na escola e não foi mas possível usar os computadores.

22/08/2004

Nascem os blogs.

Atividades previstas:

Publicar os primeiros posts. E publicar imagens.

Relato:

Não tenho palavras para descrever. Parece uma criança nascendo a cada instante. Os alunos já aprenderam a mudar a cor, trocar as fontes das letras. Foi um final de manhã extraordinário! Estou muito empolgado para as próximas postagens.

Inglês + Informática = Blogs!!!!!!!!!!


Como ligar o ensino de inglês com o uso da Internet? Pensei em usar a Internet como uma espécie de material de apoio, já que há milhares de sites para exercitar o inglês. Sites com vídeos, drills, atividades interativas de toda a sorte, etc. Contudo, pensei que o simples uso da Internet como ferramenta de apoio não seria diferente de copiar material e distribuir para os alunos. Em sites como os citados acima, o usuário faz um uso “passivo” dos recursos do computador como clicar na resposta certa, ver um filme, etc. meu desejo é de ver meus alunos interagindo com a máquina, usando seus recursos e atuando criativamente na construção de algo que fosse realmente seu.

Para isso nada mais adequado que Blogs ou paginas pessoais, de fácil manuseio e a disposição gratuitamente em sites como www.blogspot.com . Se eu conseguisse convencer os alunos em produzir seus próprios Blogs em inglês, poderia ensinar-lhes a escrever em Língua Inglesa e ao mesmo tempo, dota-los de uma melhor habilidade no uso do computador e da Internet.

Passo agora, a relatar minhas experiências (ainda em curso, haja visto que ainda tenho um trimestre de estagio a cumprir) aula a aula em forma de planos de aula comentados. Para facilitar a compreensão dos passos que segui até a presente data, das dificuldades que encontrei no caminho e para projetar os resultados que pretendo obter.



fonte da imagem:

http://www.computerschools.com/study-abroad/index.html

o que é o projeto?


Meu nome é Ptolomeu Palma, sou da cidade de Passo Fundo – RS, moro em Santa Maria desde 2003, sou aluno regular do Curso de Letras da UFSM desde o primeiro semestre de 2003, embora já esteja trabalhando com o ensino de língua inglesa desde 1995. Naquela época, eu tinha o ensino de inglês apenas como uma forma de complementar minha renda e talvez como uma forma de ajudar a pagar o Curso de Administração, mas com o tempo, percebi que esta era minha verdadeira vocação. Porem, entre 1995 e 2003 não foi possível estudar regularmente num Curso de Letras, devido ao rumo dinâmico que minha carreira tomou, especialmente entre 1997 e 2002, quando eu trabalhava como professor de inglês em cursos pré-vestibulares da região de Passo Fundo, alem de Chapecó, Cruz Alta e Santa Maria. Não consigo me dedicar totalmente ao curso de letras, pois continuo trabalhando, todavia apenas em Santa Maria, o que me obriga a matricular-me em um número menor de disciplinas. Mesmo assim tenho tentado tirar proveito das experiências que a vida acadêmica me proporciona como estar em contato com grandes professores como os da Universidade Federal de Santa Maria.

Estou em estágio no Instituto Estadual Padre Caetano, uma escola estadual na periferia de Santa Maria que tem aproximadamente 800 alunos nos turnos matutino e vespertino cursando o Ensino Fundamental e Médio.

1. Caracterização do contexto do estágio

No ano de 2006 observei uma turma de primeiro ano de Ensino Médio na mesma escola. Percebi que as mesmas dificuldades que o ensino de língua inglesa enfrentava quando eu havia sido aluno de Ensino Médio em Passo Fundo (1989 – 1991) estavam presentes 15 anos depois. Falo aqui da ênfase num programa marcado pelo ensino de gramática, a ausência de material didático, a impressão de que não há uma razão clara do porque estudar inglês, afinal, a impressão que se tem – enquanto aluno – é que tudo o que é ensinado só tem valor para os testes e provas bimestrais, a total ausência de um norte mais comunicativo para o ensino de inglês, a desvalorização pela qual a matéria Língua Estrangeira recebe com apenas um período por semana e o conseqüente descaso por parte dos alunos (se não todos, quase todos.)

Também percebi, em conversas que tive neste tempo que estou lá,que os estudantes daquela escola não vêem no vestibular uma saída para sua condição social, a maioria deles é muito pobre, por isso a escola conteudista e o inglês gramatiquerio não oferecem nenhuma ferramenta que seja útil aos alunos. Estes alunos vêem no trabalho a única saída o que, em alguns casos, entra em choque com a escola e os força a abandoná-la e/ou trocar por um curso noturno regular ou supletivo. Perversamente, esta saída não passa pela escola uma vez que, após uma análise do programa de língua inglesa, ele não prepara para o vestibular PEIES (e mesmo que preparasse não teria resposta nos anseios dos alunos) nem prepara para o trabalho.

Nesta encruzilhada me encontrei em março de 2007 assumindo a oitava serie, turma 82 nas quartas-feiras das 10:50 as 12:00.

Eu sabia que poderia, sem a menor dificuldade, repetir o programa gramatical, manter os alunos ocupados durante o ano com exercícios de repetição (drills) e ter sua submissão com as notas, boletins e afins, embora tal programa não atraia em nada os alunos. Cheguei a pensar num programa que privilegiasse a aquisição de capacidades comunicativas, mas meu ano de observação (2006) mostrou que tal habilidade não encontraria abrigo no coração de alunos que não viam possibilidade de uso de tal ferramenta, todavia eu gostaria de deixar bem clara a minha total oposição a esta forma de pensar engendrada nas mentes dos alunos de escolas (principalmente as de periferia), de que não é possível aprender a falar uma língua estrangeira em ambiente escolar, assim como da visão de que alunos de periferia jamais precisarão aprender a falar inglês já que a possibilidade de uso de tal conhecimento seria praticamente inexistente, assim como a crença de que os mesmos alunos, por sua origem pobre, não são capazes de aprender a falar inglês. Eu sou prova de que ambas as crenças são falsas e sem o menor fundamento. Por tudo isso, sabia que precisava contribuir com aquelas pessoas e sua luta por uma nova realidade e como, nas palavras da professora Desirée Motta-Moth, um professor é um inconformado que não aceita a realidade como ela aparentemente se impõe (sem referencias bibliográficas disponíveis, já que é uma frase dita em sala de aula na turma de Análise Crítica do Discurso), decidi-me por uma rota alternativa.

Refletindo sobre as palavras de Neill:

As crianças, como os adultos, aprendem o que desejam aprender. Toda a outorga de prêmios de notas e exames desvia o desenvolvimento adequado da personalidade. Só os pedantes declaram que o aprendizado livresco é educação ( Neill, Liberdade Sem Medo 1963, p. 24)

Mahoney:

Tudo o que é significativo para os objetivos do aluno tende a realizar sua potencialidade para aprender (Mahoney 1976, p. 96-7).

e de Rogers

Nossa tarefa, como facilitadores de aprendizagem, é a de suscitar essa motivação, descobrir que desafios são reais para o jovem e proporcionar-lhe a oportunidade de enfrentá-los. (Rogers, 1972, p. 131)

Também levando em conta que a escola possui um laboratório de informática com 12 computadores, todos conectados a Internet, entendi que como professor de inglês, poderia criar um vínculo entre minha matéria e uma ferramenta a qual a maioria dos alunos da escola Padre Caetano não tem acesso (o laboratorio está a disposição de todos os 800 alunos, logo o tempo de exposição dos mesmos a informática é muito pequeno apesar da boa vontade e empenho da escola, direção e do professor Valnez o encarregado do laboratório. Apesar da falta de acesso, ou talvez pela falta de acesso, os alunos nesta idade têm fascínio pelo computador e pela Internet. Uma chance única, afinal, nas palavras da professora Suzana dos Reis:

Pesquisas realizadas nos últimos cinco anos no Brasil têm demonstrado que o uso do computador na sala de aula pode auxiliar no desenvolvimento de uma prática ensino de colaborativo de línguas (Moran, 1998; Costa, 2001, Motta-Roth, Reis e Bortoluzzi, 2000; Vera Menezes, 2001; Motta-Roth, 2001). (Web English: Uma proposta de ensino de Inglês mediado por computador).

Conversei com a professora Luciana, com a direção e a coordenação da escola e com o professor Valnez que me garantiram o uso do laboratório, desde que eu não monopolizasse o mesmo, ou seja, eu não poderia levar os alunos ao laboratório em todas as quartas-feiras pois outros professores no mesmo período em outras turmas seriam impedidos de usar o laboratório.

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Oi!
Resolvi criar este blog para relatar minhas experiências no último semestre de estágio do curso de Letras / Inglês da Universidade Federal de Santa Maria, realizado na escola Padre Caetano.
Este blog, que é uma iniciativa minha e também ajudará minha professora-orientadora de estágio, Adriana, a ficar sempre informada do que eu estou fazendo!!!
Estou bem atrasado com a ideia. Ela deveria ter-me ocorrido no comeco do estágio, mas penso que vai ser de alguma utilidade mesmo assim!!!
Espero que vc goste!
Ptolomeu Palma (Pyta)

a imagem neste blog vem do site: http://www.customarttile.com/gifts.html